Biografia de Chiquito Moraes

Nasceu em São Domingos do Prata, em 30 de setembro de 1903, filho de Albano Ferreira de Moraes e Judith Álvares Carneiro. Quando criança, seus pais apelidaram-no de Chiquito, apelido este que sempre o acompanhou por ser assim denominado, carinhosamente, por todos.

Sentindo-se amiúde de bem com a vida, Chiquito expressava seu bom humor por meio de um vasto sorriso. Jamais perdia a oportunidade de brindar o viver, recursando-se, para este fim, da sua bebida predileta: a pinguinha mineira. Apreciava músicas clássicas, tangos, boleros e valsas. Era dedicado leitor, figurando entre os livros lidos as “Obras Completas” de Machado de Assis. Por admirar as belezas do mar frequentava, a passeio, o litoral capixaba.

Casou-se por três vezes, nascendo cinco filhos do primeiro matrimônio e do segundo, um filho. A terceira esposa, Zenaide, foi sua companheira por 46 anos, dando-nos mostra de que por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher.

Em versos, Chiquito teve a sensibilidade de cantar e decantar o amor, por isso este sentimento quase sempre consistiu temática norteadora de suas composições. Ao escrever, sua potência de poeta se fazia notória com a conversão das palavras em versos, dos versos em estrofes, chegando, assim, ao ato final: o poema.

No entanto, por sermos imortais, apenas na alma, chega o inevitável momento do corpo sucumbir. Próximo aos 100 anos de vida lúcida, sem sofrimentos pela debilidade comum à velhice, Chiquito Moraes foi chamado, no dia 11 de agosto de 2003, para se integrar aos poetas que já deixaram esta existência.

Ele se foi, mas jamais será esquecido pelos pratianos. Sua imortalidade esta registrada na vasta coletânea poética de sua autoria, publicada em 1947, sendo a obra intitulada “No Mar da Vida”.

Lúcia Helena de Carvalho/2003