Edelberto Augusto Gomes Lima
Edelberto Augusto Gomes Lima nasceu em 22 de julho de 1945, na cidade de São Domingos do Prata, Minas Gerais. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Cônego João Pio, ainda em sua cidade natal. Em 1952, mudou-se com a família para Coronel Fabriciano e, posteriormente, residiu em João Monlevade, Sabará e, finalmente, em Belo Horizonte, onde fixou residência em 1966, mantendo também domicílio em Sabará.
Filho do farmacêutico Manoel Martins Gomes Lima (conhecido como Neneco) e da professora Janua Coeli de Lellis Ferreira, ambos naturais de São Domingos do Prata, Edelberto cresceu cercado por valores de dedicação ao saber e à comunidade. Ingressou na Faculdade Mineira de Direito, hoje Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), sendo aprovado em um vestibular de apenas 50 vagas. Sua turma foi a primeira a frequentar o campus da universidade no bairro Dom Cabral.
Em 1977, fundou seu próprio escritório de advocacia em sociedade, atendendo grandes conglomerados financeiros e consolidando-se como um respeitado jurista. Atuou com destaque na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), na qual coordenou o Departamento Jurídico em um período de crise da entidade, também sob a gestão da Federaminas. Seu trabalho recebeu reconhecimento formal do então presidente da ACMinas, Dr. Artur Lopes Filho, que exaltou o alto nível técnico e a competência de sua equipe.
Seu prestígio entre os colegas ficou evidenciado em momentos como o de sua anunciada saída da ACMinas, quando toda a equipe do Departamento Jurídico e Contábil subscreveu um apelo por sua permanência, destacando sua honestidade, inteligência, saber jurídico e liderança.
Cidadão honorário de Sabará, Edelberto ocupa a cadeira nº 56 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, cujo patrono é o ex-presidente do Estado de Minas Gerais, Dr. Júlio Bueno Brandão. Também integra o Conselho Editorial da Editora Del Rey, a maior de Minas Gerais e uma das maiores do país no segmento jurídico.
Ao longo de sua carreira jurídica, recebeu diversos elogios, como o publicado no portal jurídico Migalhas, onde foi reconhecido como “um dos mais capacitados juristas do país”, especialmente em temas envolvendo o sistema financeiro nacional.
Em 2008, Edelberto aposentou-se da advocacia para dedicar-se integralmente à pesquisa histórica. A partir de 2009, iniciou investigações sobre sua genealogia e, a partir de 2010, concentrou-se na história de cidades como São Domingos do Prata, Sabará, João Monlevade, Ferros e Belo Horizonte.
Até o início de 2025, já havia publicado 36 livros, sendo 34 deles parte da Galeria Edelberto, mantida pela Casa de Cultura Chiquito de Moraes, em São Domingos do Prata. Suas obras receberam manifestações calorosas de reconhecimento, como a do Ministro Paulino Cícero, que o definiu como “o maior historiador do nosso Prata”.
A professora Maria do Carmo Perdigão Mendes também homenageou seu trabalho, destacando o gesto generoso de doar livros às escolas da cidade e traçando um elo entre sua atuação cultural e o legado educacional de seus pais.
O Dr. Petrônio de Castro, por sua vez, escreveu uma emocionada mensagem em que enalteceu não apenas o trabalho histórico de Edelberto, mas também sua humanidade, simplicidade e a capacidade de tocar os que o cercam com sua dedicação e afetividade. Segundo ele, o trabalho de Edelberto deu continuidade ao legado de figuras como Luiz Prisco de Braga e Frei Thiago Santiago, ajudando a preservar e compartilhar a memória de Sabará e de Minas Gerais.